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terça-feira, 2 de agosto de 2011

[Resenha] Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004)

Poster teatral do filme
Após o sucesso das duas primeiras adaptações da série literária "Harry Potter" para o cinema, a Warner Bros. viu-se com um grande desafio à frente. A adaptação do terceiro livro da saga, "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" ("Harry Potter and the Prisoner of Azkaban"), a obra mais sombria e complexa da série até então, não seria tarefa fácil.

Então, sai de cena Chris Columbus, diretor dos ultimos dois longas do bruxo, e entra Alfonso Cuarón, responsável pela direção da nova adaptação da obra de J. K. Rowling, o que dá um ar completamente novo a série. No entando, ao passo que o novo produtor acertou em mudanças, pecou em várias outras.

Lançado em 2004, o filme narra, mais uma vez, a história de Harry Potter (Daniel Radcliffe) e de seus dois melhores amigos, Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson), em seu terceiro ano na mágica escola de Hogwarts. Porém, logo Harry ve-se ameaçado, quando é noticiado que Sirius Black (Gary Oldman), um perigoso detento de Azkaban (a prisão que dá nome ao livro) escapa de seu cárcere. O suposto objetivo de Sirius era simples: matar Potter.

O trio protagonista da história
Com uma premissa superficialmente simples, o filme se torna complexo ao revelar fatos mais marcantes que rodeiam a infância e a vida de Harry, assim como o misterioso evento da morte de seus pais. O enredo, conforme o rolar do filme, revela gratas surpresas e reviravoltas que mudarão totalmente a impressão inicial que teremos com certas personagens.

Logo de cara, é notável o tom mais sombrio do filme. Apesar disto conferir um novo ar à serie e uma melhora notável na fotografia (ângulos de câmera bem compostos, bons constrastes e cenários), há uma quebra com o tom mágico determinado nos filmes anteriores. Por exemplo, os alunos de Hogwarts não usam mais uniformes (passam a usar roupas comuns), é dada menos ênfase ao jogo de quadribol, o mágico beco diagonal não é mais visto, entre outros pequenos detalhes.

Outro bom aspecto do filme é a evolução das personagens; nota-se um grande amadurecimento na atuação do elenco principal (destaque para o "novato" Gary Oldman, como Sirius Black), e um bom desenvolvimento do trio protagonista. Outra surpresa do filme é a inclusão da figura dos dementadores, "monstros" responsáveis por guardar Azkaban.
O fugitivo Sirius Black

Apesar de todos os pontos positivos, o filme conta com vários contras. Apesar da história ser mais complexa e bem pensada que a das obras anteriores, O Prisioneiro de Azkaban peca com a profundidade dada à narrativa. Muitas das cenas do filme não adicionam à trama principal da série, que envolve a verdade sobre os pais de Harry e Lord Voldemort (que, por sinal, quase não é citado no filme). Também, em certos momentos, os dementadores são utilizados como uma espécie de antagonista da trama, o que não convence muito e evidencia um dos problemas do filme: a falta de um vilão claramente definido.

Com seus pontos altos e baixos, "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" é um filme sólido, e um dos melhores da série. A boa atuação e fotografia, em conjunto com a direção mais "realista" de Cuarón fazem o longa se destacar sobre os dois primeiros da série, e predominam sobre alguns dos pontos baixos da obra.

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